sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Single Man



O roteiro original, a direção surpreendente de Tom Ford, a fotografia brilhante e o elenco fabuloso, fazem deste filme, algo raramente visto.

Para começar, falemos de Colin Firth. Sua atuação é estupenda e unida ao jogo de cores da fotografia, ganha mais força ainda. Julianne Moore bela como sempre, porém muito mal aproveitada (Um dos poucos pontos negativos do filme). Nicholas Hoult provando que vai muito além do Tony da série inglesa "Skins", ao invés disso mostra que tem personalidade e maturidade para interpretar um personagem tão singular. Jon Kortajarena é um espetáculo a parte, sua cena sem dúvida é uma das melhores e o seu Carlos a la James Dean é estupendo e natural.

A melhor cena do filme fica nas mão de Colin Firth e do ainda não citado, Matthew Goode. Onde estão em cima de uma pedra conversando sobre Charlote e outras coisas. O estilo da fotografia lembra um pouco a de Fellini. Falando em fotografia, não podemos deixar de enfatizá-la. O jogo entre cinza (solidão) e solar (paixão, coletividade, sentimento) nos guia através dos sentimentos do personagens. A colorida, ou como eu já chamei antes, solar, aparece quando de alguma forma outros personagens o iluminam, o puxam para o presente. Livram-lhe de sua solidã amarga, representada continuamente pela fotografia acizentada.

A estréia de Tom Ford na direção não podia ser melhor, comandar um elenco afiado e escolher tão bem os planos é algo bastante importante e satisfatório. Há de se lembrar também da trilha sonora e do figurino, caracteristicos dos anos 60.

"A Single Man" é uma obra imperdível, que merece ser vista por todos. Recomendo!

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