sábado, 29 de janeiro de 2011

SANDRO AWARDS

Até agora, o meu Segundo Sandro Awards possui 30 filmes disputando em 15 cartegorias. A previsão é que cada cartegoria tenha no máximo 5 concorrentes. Até a presente data, os seguintes filmes foram indicados (As cartegorias em que competem serão divulgadas no meio de fevereiro): True Grit (8 Indicações), Cisne Negro (7 Indicações), O Escritor Fantasma (5 Indicações), Tropa de Elite 2 (4 Indicações), A Rede Social (5 Indicações), O Discurso do Rei (4 Indicações), O Vencedor (4 Indicações), A Origem (4 Indicações), Copacabana (2 Indicações), A Suprema Felicidade (2 Indicações), Minhas Mães e Meu Pai (2 Indicações), Cópia Fiel (2 Indicações), Como Treinar o Seu Dragão (1 Indicação), 127 Horas (2 Indicações), Rabbit Hole (1 Indicação), Blue Valentine (2 Indicações), Toy Story 3 (1 Indicação), Filme Socialismo (1 Indicação), A Vida dos Peixes (1 Indicação), Tio Bonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (1 Indicação), Atração Perigosa (1 Indicação), Um Lugar Qualquer (1 Indicação), Harry Potter e as Relíquias da Morte (2 Indicações), Scott Pilgrim Contra o Mundo (2 Indicações), Inverno da Alma (2 Indicações), Catfish (1 Indicação), Burlesque (1 Indicação), Dente Canino (1 Indicação), Procurando o Super-Homem (1 Indicação) e José & Pilar (1 Indicação).

Este é o meu Segundo Sandro Awards, que faço para satisfazer minha vontade gritante de fazer listas e classificar os melhores. Mesmo que ninguém leia, é coisa da alma, fazer o quê? Todos os filmes do Segundo Sandro Awards datam de 2010.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto.

"Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto" conta a história de dois irmãos que motivados por diferentes motivos, armam assaltar a loja dos pais. O plano dá errado, a mãe dos garotos morre e o pai passa a procurar frenéticamente os responsáveis pela morte da esposa, sem saber que esses são os seus filhos.

O Andy de Philip Seymour Hoffman é o grande mentor do plano executado pelo irmão Hank e um capanga. Enquanto Hank é motivado por razões financeiras fortes, sendo visto como fracassado por sua filha e todos os outros a sua volta, Andy está insatisfeito com a sua vida estagnada ao lado de sua mulher: A belissima Gina Hanson de Marisa Tomei. A moral dos dois irmãos é posta em cheque e a culpa os afeta de formas distintas, nos ajudando a compreender as ações dos personagens. Obra de um grande roteiro, uma cama de gato muito bem armada. A história é deliciosa e inteligente, com diálogos poderosos e situações muito bem pensadas. Tornando-se um incrível excercicio para a cabeça, além de um grande entretenimento.

Mesmo que extremamente impactante, o final é rápido demais, dando a impressão de que foi escrito de última hora. O final quebra ainda mais o ritmo do filme, que é afetado constantemente pela péssima edição e os maneirismos chatos e repetitivos ao retroceder no tempo. Aliás, o jogo magnifico do filme de sempre remeter ao passado pelo ângulo de diferentes personagens perde muito a sua força com esses fracos recursos visuais.

O maravilhoso prólogo do filme só é superado pela cena em que Charles, o pai, vai visitar Nanette, a mãe, no hospital. O "Eu te amo" exclamado por Charles pode ser visto como um dos mais emocionantes e expressivos da história do cinema. É Albert Finney que realiza através de Charles a melhor atuação do filme. O ator tem o poder de apenas com o olhar nos fazer sofrer com os conflitos internos de Charles. Com uma simples alteração de voz sabemos suas intenções para próximos passos, como na cena final.

Contudo, não é só Albert Finney que brilha. No geral, as atuações são excelentes. O único que perde é Ethan Hawke, que exagerado não encontra o tom certo para o seu personagem. Philip Seymour Hoffman e Marisa Tomei são um show a parte, dignos de aplausos.

Visualmente o filme é morno, com fotografia relativamente crua. Mas Lumet consegue manipular tudo que tem nas mãos a fim de nos fazer entrar na história de tal forma, que perdoamos tudo. Jogadas de um grande mestre que sabe como prender o público plano sobre plano. É de se espantar que um diretor de tão longa carreira ainda consiga fazer um filme de tal tamanho. Sidney Lumet honra com vigor sua filmografia com este trabalho imperdível.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bus Palladium - My French Film Festival.



Um filme com uma história absurdamente clichê, Bus Palladium ainda assim consegue diferenciar-se dos outros. A direção tem ai um papel fundamental, que em contato com o elenco bem escolhido e a fotografia cool, dão uma magnífica aura de rock dos anos 60. A história une as duas histórias mais óbvias dentre os filmes do gênero: A garota que gera desavença entre dois membros e o membro que causa tumulto ao se sentir o dono da banda.

Manu é o personagem que rouba a cena, um vocalista genial e problemático. Esse, apaixona-se por Laura ao mesmo tempo que seu amigo Lucas. Manu, Lucas, Philippe, Jacob e Mário possuem uma típica banda sonhadora que vislumbram o sucesso. Na medida em que começam a fazer sucesso, Manu sente-se o dono da banda, irritando a todos. Lucas, que sempre dedicou-se ao máximo a Manu, sente-se fatigado com tudo que já passou com Manu e com os atuais conflitos.

Visualmente belo, com pouco conteúdo. A impresão que fica é: Já vi isso antes.

A Família Wolberg - My French Film Festival.



A transitoriedade da vida pela ótica de Axelle Ropert.

O filme é manso em toda a sua extensão. A fotografia gelada ajuda a entrar na aura do filme, que não possui aqueles grandes momentos, típicos dos filmes enganosos. Através de sua leveza, conhecemos a história da família Wolberg, uma família judia liderada pelo prefeito da cidade. O prefeito patriarca possui relações conflituosas com praticamente todos os membros de seu clã, exceto talvez o filho caçula. E são nesses conflitos que estão as melhores e piores características do filme. Ao mesmo tempo que o sustentam e enfatizam seu tema, falta profundidade. Os personagens passam tão rápido pela história quanto passariam pela nossa vida, é plantada a semente, e essa não é germinada. Uma grande metáfora em relação ao propósito da própria história, contudo, não compensa o conteúdo que se perde. Quem termina de ver "A Família Wolberg", sai com um gostinho de quero mais. Não daqueles que são acompanhados em sequência de um sorriso no rosto, e sim, os que anexam a si um olhar de decepção. De qualquer maneira, é sem dúvida um bom filme dotado de proposta maravilhosa. Pena que não vinga da maneira que deveria.

My French Film Festival



Está rolando um maravilhoso festival de filmes franceses, o "My French Film Festival". Existem 10 filmes em competição. Pretendo ver os 10 e dar aqui a minha nota ao menos. Os filmes parecem deliciosos, e não minto, minhas expectativas são altíssimas. O cinema francês está em uma nova onda, um pouco mais amena que movimentos como "Nouvelle Vague", mas ainda assim bela. O cinema francês é uma de minhas maiores paixões, espero que este sentimento contamine a todos o mais rápido possível. As películas francesas merecem e devem ser vistas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

True Grit.

Eis que em 2010 surge uma obra-prima. Os irmãos Coen enfim criam um filme acima de qualquer gosto pessoal. O filme não só possui uma técnica perfeita como também uma história envolvente e um elenco arrasador.

True Grit, "Bravura Indômita" na tradução brasileira, conta a história da jovem Mattie Ross e suas aventuras ao lado de LaBoeuf e Rooster Cogburn. O pai de Mattie foi assassinado pelo perigoso bandido Tom Chaney. Determinada, Mattie contrata Cogburn, o homem mais bravo da região, para capturar o bandido e ter o seu pai enfim vingado. Em meio a essa trama aparece LeBoeuf, um texano que procura Chaney à tempos por um crime cometido em sua terra. Através de diálogos inteligentes e memoráveis, os irmãos Coen conduzem a história de forma brilhante, de forma bem estruturada, mas ainda assim fugindo do convencional.

Todos os planos são devidamente bem construidos, conectando-se com maestria a fotografia, trilha sonora, figurino etc. A trilha sonora transmite emoção e força na medida em que cada cena precisa, sem deslizes. A fotografia sombria revela uma nova forma de traduzir o clássico espirito do "Velho-Oeste" para as telas. Sem dúvida a fotografia mais original e bem pensada do ano. O figurino, a maquiagem e os cenários dispensam comentários, criam a atmosfera perfeita para o filme.

Hailee Steinfeld é perfeita em sua Mattie Ross, conduz com maturidade uma personagem difícil e cheia de nuances. Seus olhares marcantes e seu tom de voz cheio de escárnio entrarão sem dúvida para as páginas da história do cinema mundial.

Já o Rooster Cogburn de Jeff Bridges é eletrizante. A academia deve estar arrependida, se soubesse, provavelmente teria esperado um ano mais para dar o Oscar a Bridges. Jeff dá brecha para que apareçam os defeitos de Rooster, sem que percamos a admiração por seus feitos. O ator nos leva a sentir o mesmo que Mattie Ross sente no filme, traduzindo uma verdade espantosa.

Matt Damon e Josh Brolin cumprem bem seus papéis, mas não chamam tanto a atenção. Apenas seguem o fluxo maravilhoso que é o filme dos Coen. É difícil não se apaixonar por True Grit, uma grande homenagem a toda uma era de filmes americanos, e ao mesmo tempo uma divina obra contemporânea e atual. É disso que o cinema precisa, obras sem prepotência e maneirismos. Obras que respeitem sua forma e brilhem sem apelos. Perfeito, não há palavra que defina melhor.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Melhores Filmes de 2010.

1 - True Grit
2 - Toy Story 3
3 - Tropa de Elite 2
4 - José e Pilar
5 - Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas
6 - Cisne Negro
7 - O Escritor Fantasma
8 - Filme Socialismo
9 - A Rede Social
10 - Como Treinar o Seu Dragão

(LISTA ATUALIZADA)