terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Família Wolberg - My French Film Festival.



A transitoriedade da vida pela ótica de Axelle Ropert.

O filme é manso em toda a sua extensão. A fotografia gelada ajuda a entrar na aura do filme, que não possui aqueles grandes momentos, típicos dos filmes enganosos. Através de sua leveza, conhecemos a história da família Wolberg, uma família judia liderada pelo prefeito da cidade. O prefeito patriarca possui relações conflituosas com praticamente todos os membros de seu clã, exceto talvez o filho caçula. E são nesses conflitos que estão as melhores e piores características do filme. Ao mesmo tempo que o sustentam e enfatizam seu tema, falta profundidade. Os personagens passam tão rápido pela história quanto passariam pela nossa vida, é plantada a semente, e essa não é germinada. Uma grande metáfora em relação ao propósito da própria história, contudo, não compensa o conteúdo que se perde. Quem termina de ver "A Família Wolberg", sai com um gostinho de quero mais. Não daqueles que são acompanhados em sequência de um sorriso no rosto, e sim, os que anexam a si um olhar de decepção. De qualquer maneira, é sem dúvida um bom filme dotado de proposta maravilhosa. Pena que não vinga da maneira que deveria.

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