quinta-feira, 16 de junho de 2011

Festival Varilux - Le Pére de Mes Enfants.



Seguindo os passos de Hitchcock, Mia Hansen-Love nos surpreende ao tirar de cena aquele que pensávamos ser o protagonista. Em "Le Pére de Mes Enfants", os personagens e tramas funcionam como planificações conceituais da vida. Quando os créditos finais começam a subir, ouvimos "WHATEVER WILL BE, WILL BE" e tudo fica cristalino.

Apesar de defeitos técnicos, como certos erros na fotografia e na mixagem de som, temos uma série de metáforas que nos levam a pensar no belíssimo conjunto de acidentes que criam, eliminam e transformam a vida. Quando em meio ao jantar tudo fica escuro, os personagens se divertem. Quando a luz volta, o amigo da família diz que tudo uma hora tem que acabar. E é essa a alma do fim, tudo na vida tem um inicio, meio e fim, não sendo necessariamente uma etapa mais importante que a outra.

Esse não é um filme sobre um produtor endividado, uma família que tem que lidar com a morte de seu provedor ou a indústria cinematográfica cruel. É um filme sobre a maravilha que é a vida, em seus momentos grandiosos e prosaicos.

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