quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Ultimos filmes vistos...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Film Socialisme
Godard explode em criatividade, dando origem possivelmente ao melhor e mais complexo retrato de nossa sociedade atual. A crítica ao capitalismo fica evidente em todo o seu conjunto, em todos os seus três atos. Mesmo que suas referências nem sempre sejam compreendidas. As técnicas utilizadas são das mais variadas, desde o uso de câmeras de celular até imagens de arquivos. De tom quase documental, o filme é uma reunião de imagens acompanhadas por legendas.
A edição sonora é um de seus grandes destaques, onde Godard mais arrisca (certeiramente como era de se esperar). Os sons mostrados usualmente são muitas das vezes cortados, dando lugar ao som ambiente e aqueles considerados defeituosos, como chiados e barulhos do gênero. Som e imagem se misturam formando uma grande dança audiovisual, sem direito a questionamentos, ou como diria Godard em seus próprio filme: “Sem comentários”. “Film Socialisme” é um filme feito para ser engolido a seco.
Godard quer ver tudo ao mesmo tempo, como em uma grande obra cubista. No primeiro ato, passado em um cruzeiro, vemos uma série de acontecimentos por diversos ângulos e estruturas diferentes, cruzando-se ou não ao longo de seu desenvolvimento. Godard usa de belas imagens e imagens que simplesmente passam o que se deve passar. A beleza da linguagem visual associada a linguagem puramente comunicativa, como que em cento e quarenta caracteres.
O segundo ato é mais familiar, onde se aborda o dinheiro como centro de disputas familiares e a invasão de privacidade. Uma família discute por conta de sua oficina, enquanto uma repórter e uma cinegrafista acompanham tudo, sufocando-os. Godard nesse ato chega ao cúmulo de repetir a mesma cena por ângulos diferentes: O filho mais novo do casal está falando com a cinegrafista e logo após encerrar sua fala, a câmera o pega por outro ângulo começando sua fala repetindo o que acabara de ser dito. Godard é gênio, e faz questão que captemos o que quer dizer, criticando juntamente a própria linguagem em si.
O terceiro ato parece um grande documentário. O tom psicodélico formado pelo cruzamento de imagens torna-se gritante. Em poucos minutos, vemos todo um mundo contemporâneo sobre a ótica de Godard, de forma que é impossível de descrever. Só assistindo.
Film Socialisme é complexo ao extremo, contudo prende a atenção por toda sua extensão, é impossível despregar os olhos dele. Godard re-inventa o cinema mais uma vez. Sinto um novo grande movimento partindo daí, que é do que o cinema anda precisando. Parece que ao contrário do que muitos dizem, Godard provou que ainda existem muitas histórias para serem contadas. E de maneiras bastante peculiares.
A edição sonora é um de seus grandes destaques, onde Godard mais arrisca (certeiramente como era de se esperar). Os sons mostrados usualmente são muitas das vezes cortados, dando lugar ao som ambiente e aqueles considerados defeituosos, como chiados e barulhos do gênero. Som e imagem se misturam formando uma grande dança audiovisual, sem direito a questionamentos, ou como diria Godard em seus próprio filme: “Sem comentários”. “Film Socialisme” é um filme feito para ser engolido a seco.
Godard quer ver tudo ao mesmo tempo, como em uma grande obra cubista. No primeiro ato, passado em um cruzeiro, vemos uma série de acontecimentos por diversos ângulos e estruturas diferentes, cruzando-se ou não ao longo de seu desenvolvimento. Godard usa de belas imagens e imagens que simplesmente passam o que se deve passar. A beleza da linguagem visual associada a linguagem puramente comunicativa, como que em cento e quarenta caracteres.
O segundo ato é mais familiar, onde se aborda o dinheiro como centro de disputas familiares e a invasão de privacidade. Uma família discute por conta de sua oficina, enquanto uma repórter e uma cinegrafista acompanham tudo, sufocando-os. Godard nesse ato chega ao cúmulo de repetir a mesma cena por ângulos diferentes: O filho mais novo do casal está falando com a cinegrafista e logo após encerrar sua fala, a câmera o pega por outro ângulo começando sua fala repetindo o que acabara de ser dito. Godard é gênio, e faz questão que captemos o que quer dizer, criticando juntamente a própria linguagem em si.
O terceiro ato parece um grande documentário. O tom psicodélico formado pelo cruzamento de imagens torna-se gritante. Em poucos minutos, vemos todo um mundo contemporâneo sobre a ótica de Godard, de forma que é impossível de descrever. Só assistindo.
Film Socialisme é complexo ao extremo, contudo prende a atenção por toda sua extensão, é impossível despregar os olhos dele. Godard re-inventa o cinema mais uma vez. Sinto um novo grande movimento partindo daí, que é do que o cinema anda precisando. Parece que ao contrário do que muitos dizem, Godard provou que ainda existem muitas histórias para serem contadas. E de maneiras bastante peculiares.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
The Town
A maior surpresa do ano, sem dúvida alguma. Descobrimos, boquiabertos, que Ben Affleck é bom diretor. “The Town” tem como principal destaque fotografia e direção, que dão ao filme o ritmo e a tonalidade certos. A cena das “Freiras” é uma das mais majestosas do ano de 2010, lembrando por acidente a enfermeira de Heath Legder em “Cavaleiro das Trevas”. O roteiro funciona, mas poderia ser bem melhor.
O personagem de Affleck é o melhor desenvolvido, obviamente é também o mais vendável, o típico bandido com alma de mocinho, o que acaba por dar certo. Contudo, Jeremy Renner, que vem mostrando cada vez mais competência, tornou seu personagem tão interessante, que sentimos a sua falta sempre que não está na tela. Um personagem forte e bem interpretado que foi mais explorado. Blake Lively funciona através de uma atuação brega, perfeita para a sua personagem. A sempre talentosa Rebecca Hall é brilhante, é ela que todos querem ver na tela. Hall cativa sem ser vulgar.
O filme é cheio dos ingredientes típicos das grandes produções americanas, contudo difere de todas em sua execução. Um filme de fato a cima da média que nos leva a querer que Affleck dedique mais tempo a direção e menos a atuação. Já que ele tem talento, que caia de cabeça.
O personagem de Affleck é o melhor desenvolvido, obviamente é também o mais vendável, o típico bandido com alma de mocinho, o que acaba por dar certo. Contudo, Jeremy Renner, que vem mostrando cada vez mais competência, tornou seu personagem tão interessante, que sentimos a sua falta sempre que não está na tela. Um personagem forte e bem interpretado que foi mais explorado. Blake Lively funciona através de uma atuação brega, perfeita para a sua personagem. A sempre talentosa Rebecca Hall é brilhante, é ela que todos querem ver na tela. Hall cativa sem ser vulgar.
O filme é cheio dos ingredientes típicos das grandes produções americanas, contudo difere de todas em sua execução. Um filme de fato a cima da média que nos leva a querer que Affleck dedique mais tempo a direção e menos a atuação. Já que ele tem talento, que caia de cabeça.
domingo, 21 de novembro de 2010
Reliquias da Morte - Parte 1
Por que “Harry Potter e as Reliquias da Morte – Parte 1” é o melhor filme da saga Potter? Fácil responder. É de todos, o mais fiel a saga e o que melhor faz a leitura do livro para o cinema. Na questão do roteiro, os erros de “As Relíquias da Morte” estão nos filmes anteriores. O mais evidente é a morte de Dobby, que durante toda a saga tem grande importância, sempre auxiliando Potter e nos filmes apenas aparece na “Câmara Secreta”. Para quem nunca leu os livros a morte de Dobby não surtiu efeito algum, isso porque ao longo da saga insistiram em cortar ou modificar coisas importantes. Mas enfim, deixando o lado pottermaniaco de lado, vamos falar de cinema.
O destaque do enredo está na forma como são tratados os três protagonistas. Finalmente temos a dimensão de suas personalidades, com diálogos e situações bem elaboradas e executadas com maestria pelo diretor e pelos atores, o trio vai além das expectativas, por conta dos personagens e de seus intérpretes. Emma Watson mostra o quanto está madura, revelando o grande potencial para ser uma grande diva do cinema, se inserida no papéis certos. Radcliffe não surpreende, mas cumpre bem o seu papel. Quanto a Rupert Grint, parece que finalmente encontrou o tom de seu Ronald Weasley, além de ter ganho importância e cenas a altura. Roteirista e diretor enxergaram o seu potencial e extraíram seu melhor. Poderia inclusive render uma indicação a academia, quem sabe, sonhar nunca é demais.
O elenco coadjuvante brilha como já é recorrente. Bonham Carter, Rickman, Fiennes, Isaacs e Walters arrasam, tornando seus personagens e únicos e absurdamente fiéis a seus originais das páginas de Rowling, talvez até melhores.
A já citada direção cumpre muito bem o seu papel. Vemos um Yates mais maduro e sensato que nas outras partes da saga dirigidas por ele. As cenas de suspense são um show a parte, as cenas de Godric’s Hollow e da casa dos Malfoy são primorosas. Montagem e fotografia são dignas de destaque. Já a trilha sonora, pela primeira vez passa batida, nem fede e nem cheira. Direção de arte e figurino sempre belos, como em toda a saga.
O grande problema do filme esta no ritmo, que em sua desconexão poderia fazer os mais leigos quanto a saga perderem-se. E é ai que o filme perde toda a sua força e de uma obra-prima torna-se apenas um bom filme.
Há de lembrar-se também da excelente escolha de locações, principalmente nas cenas de florestas, lugares belíssimos, mágicos e ao mesmo tempo reais. Uma grande ironia, diga-se de passagem. Outro grande elogio vai para a cena da história das relíquias. A animação foi sensacional e serviu para descansar os olhos de toda a escuridão da fotografia.
Pela primeira vez um filme da saga Potter agrada fãs e cinéfilos. Melhor ainda, dá um imenso gosto de quero mais, deixando claro que esse é mais do que tudo, um filme de preparação. Que a Parte 2 venha logo, pois já estamos todos esperando. Enquanto isso, acho que vou reler a saga.
O destaque do enredo está na forma como são tratados os três protagonistas. Finalmente temos a dimensão de suas personalidades, com diálogos e situações bem elaboradas e executadas com maestria pelo diretor e pelos atores, o trio vai além das expectativas, por conta dos personagens e de seus intérpretes. Emma Watson mostra o quanto está madura, revelando o grande potencial para ser uma grande diva do cinema, se inserida no papéis certos. Radcliffe não surpreende, mas cumpre bem o seu papel. Quanto a Rupert Grint, parece que finalmente encontrou o tom de seu Ronald Weasley, além de ter ganho importância e cenas a altura. Roteirista e diretor enxergaram o seu potencial e extraíram seu melhor. Poderia inclusive render uma indicação a academia, quem sabe, sonhar nunca é demais.
O elenco coadjuvante brilha como já é recorrente. Bonham Carter, Rickman, Fiennes, Isaacs e Walters arrasam, tornando seus personagens e únicos e absurdamente fiéis a seus originais das páginas de Rowling, talvez até melhores.
A já citada direção cumpre muito bem o seu papel. Vemos um Yates mais maduro e sensato que nas outras partes da saga dirigidas por ele. As cenas de suspense são um show a parte, as cenas de Godric’s Hollow e da casa dos Malfoy são primorosas. Montagem e fotografia são dignas de destaque. Já a trilha sonora, pela primeira vez passa batida, nem fede e nem cheira. Direção de arte e figurino sempre belos, como em toda a saga.
O grande problema do filme esta no ritmo, que em sua desconexão poderia fazer os mais leigos quanto a saga perderem-se. E é ai que o filme perde toda a sua força e de uma obra-prima torna-se apenas um bom filme.
Há de lembrar-se também da excelente escolha de locações, principalmente nas cenas de florestas, lugares belíssimos, mágicos e ao mesmo tempo reais. Uma grande ironia, diga-se de passagem. Outro grande elogio vai para a cena da história das relíquias. A animação foi sensacional e serviu para descansar os olhos de toda a escuridão da fotografia.
Pela primeira vez um filme da saga Potter agrada fãs e cinéfilos. Melhor ainda, dá um imenso gosto de quero mais, deixando claro que esse é mais do que tudo, um filme de preparação. Que a Parte 2 venha logo, pois já estamos todos esperando. Enquanto isso, acho que vou reler a saga.
sábado, 13 de novembro de 2010
Previa - Sandro Awards 2011 (Atualizado)
No inicio de 2010 fiz um Sandro Awards, o meu proprio oscar. Ninguem viu. De qualquer maneira vou fazer de novo em 2011. Posto a seguir a lista dos Pre-Indicados. Podendo adicionar ou retirar nomes da lista ate o terceiro mês de 2011, quando deverei postar os indicados. Posso acabar dividindo tambem em sub cartegorias.
Indicados previamente...
Melhor Filme
The Town
Tropa de Elite 2
O Escritor Fantasma
Minhas mães e meu pai
Toy Story 3
A Origem
Scott Pilgrim Contra o Mundo
José e Pilar
A Rede Social
Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Rabbit Hole
Cisne Negro
A Vida dos Peixes
127 Horas
Como Treinar o Seu Dragão
True Grit
O Vencedor
Melhor performace masculina
Wagner Moura - Tropa de Elite 2
Jesse Eisenberg - A Rede Social
Andrew Garfield - A Rede Social
Rupert Grint - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Marco Nanini - A Suprema Felicidade
James Franco - 127 Horas
Jeff Bridges - True Grit
Mark Wahlberg - O Vencedor
Melhor performace feminina
Emma Watson - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Julianne Moore - Minhas mães e meu pai
Annette Bening - Minhas mães e meu pai
Marion Cotillard - A Origem
Isabelle Huppert - Copacabana
Rebecca Hall - The Town
Maria Luiza Mendonça - A Suprema Felicidade
Nicole Kidman - Rabbit Hole
Natalie Portman - Cisne Negro
Hailee Steinfeld - True Grit
Amy Adams - O Vencedor
Melissa Leo - O Vencedor
Melhor fotografia
Copacabana
Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
O Escritor Fantasma
A Rede Social
The Town
Rabbit Hole
Cisne Negro
Um Lugar Qualquer
A Vida dos Peixes
127 Horas
True Grit
Melhor Trilha Sonora
Cisne Negro
A Rede Social
O Escritor Fantasma
127 Horas
Como Treinar o Seu Dragão
True Grit
Melhor Direção
Ben Affleck - The Town
David Yates - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Pare 1
David Fincher - A Rede Social
José Padilha - Tropa de Elite 2
Roman Polanski - O Escritor Fantasma
Christopher Nolan - A Origem
Darren Aronofsky - Cisne Negro
Ethan Coen, Joel Coen - True Grit
David O. Russel - O Vencedor
Melhor Roteiro
José Padilha, Bráulio Mantovani, Rodrigo Pimentel - Tropa de Elite 2
Roman Polanski, Robert Harris - O Escritor Fantasma
Stuart Blumberg, Lisa Cholodenko - Minhas mães e meu pai
Aaron Sorkin, Ben Mezrich - A Rede Social
Mark Heyman, Andres Heinz, John J. McLaughlin - Cisne Negro
Danny Boyle, Simon Beaufoy, Aron Ralston - 127 Horas
Charles Portis, Joel Coen, Ethan Coen - True Grit
Scott Silver, Paul Tamasy, Eric Johnson, Keith Dorrington - O Vencedor
Melhores Efeitos Visuais
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
A Origem
Scott Pilgrim Contra o Mundo
Indicados previamente...
Melhor Filme
The Town
Tropa de Elite 2
O Escritor Fantasma
Minhas mães e meu pai
Toy Story 3
A Origem
Scott Pilgrim Contra o Mundo
José e Pilar
A Rede Social
Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Rabbit Hole
Cisne Negro
A Vida dos Peixes
127 Horas
Como Treinar o Seu Dragão
True Grit
O Vencedor
Melhor performace masculina
Wagner Moura - Tropa de Elite 2
Jesse Eisenberg - A Rede Social
Andrew Garfield - A Rede Social
Rupert Grint - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Marco Nanini - A Suprema Felicidade
James Franco - 127 Horas
Jeff Bridges - True Grit
Mark Wahlberg - O Vencedor
Melhor performace feminina
Emma Watson - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
Julianne Moore - Minhas mães e meu pai
Annette Bening - Minhas mães e meu pai
Marion Cotillard - A Origem
Isabelle Huppert - Copacabana
Rebecca Hall - The Town
Maria Luiza Mendonça - A Suprema Felicidade
Nicole Kidman - Rabbit Hole
Natalie Portman - Cisne Negro
Hailee Steinfeld - True Grit
Amy Adams - O Vencedor
Melissa Leo - O Vencedor
Melhor fotografia
Copacabana
Harry Potter e as Reliquias da Morte - Parte 1
O Escritor Fantasma
A Rede Social
The Town
Rabbit Hole
Cisne Negro
Um Lugar Qualquer
A Vida dos Peixes
127 Horas
True Grit
Melhor Trilha Sonora
Cisne Negro
A Rede Social
O Escritor Fantasma
127 Horas
Como Treinar o Seu Dragão
True Grit
Melhor Direção
Ben Affleck - The Town
David Yates - Harry Potter e as Reliquias da Morte - Pare 1
David Fincher - A Rede Social
José Padilha - Tropa de Elite 2
Roman Polanski - O Escritor Fantasma
Christopher Nolan - A Origem
Darren Aronofsky - Cisne Negro
Ethan Coen, Joel Coen - True Grit
David O. Russel - O Vencedor
Melhor Roteiro
José Padilha, Bráulio Mantovani, Rodrigo Pimentel - Tropa de Elite 2
Roman Polanski, Robert Harris - O Escritor Fantasma
Stuart Blumberg, Lisa Cholodenko - Minhas mães e meu pai
Aaron Sorkin, Ben Mezrich - A Rede Social
Mark Heyman, Andres Heinz, John J. McLaughlin - Cisne Negro
Danny Boyle, Simon Beaufoy, Aron Ralston - 127 Horas
Charles Portis, Joel Coen, Ethan Coen - True Grit
Scott Silver, Paul Tamasy, Eric Johnson, Keith Dorrington - O Vencedor
Melhores Efeitos Visuais
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
A Origem
Scott Pilgrim Contra o Mundo
domingo, 31 de outubro de 2010
Tropa de Elite 2.
A realidade machuca. Essa é provavelmente a principal lição que se pode tirar de "Tropa de Elite 2". O filme é tão real que agozina o expectador. Bráulio Mantovani e José Padilha escrevem um roteiro sensacional e impecável. Sim, impecável, pois ao contrário do que ocorreu no infinitamente inferior primeiro filme, a narração de Nascimento justifica-se a cada momento. A forma crua e direta como o Capitão Nascimento narra a história só dão mais força aos tapas na cara dados ao longo do filme. O roteiro precisava ser assim.
Quando se mora no Rio de Janeiro, na Zona Oeste, é impossível não sentir o que o filme quer passar. A sensação de impotência é enorme. Vemo-nos muita das vezes representados na tela. Quantas vezes não vi milicianos e policiais da delegacia próxima almoçando no mesmo restaurante, na mesma mesa. "O sistema é foda". Está tudo entrelaçado: Os comerciantes obrigados a pagar taxas aos milicianos, os ex-policias que comandam diretamente o processo, os atuais policiais a quem são subordinados, os políticos que mandam nestes. E nós, nós que estupidamente os elegemos. Vivemos em um coronelismo contemporâneo. Onde por meros dez reais vende-se o voto. Cidadania vendável, triste, não?
Os conflitos de nascimento romanceiam o filme equilibrando sua linguagem, não o tornando pesado demais. Contudo, os problemas pessoais de nascimento acabam dialogando com o foco político principal. O descanso acaba por nos forçar a pensar mais um pouquinho de forma sutil. O conflito entre o capitão e o deputado Diogo Fraga é a prova mais expressiva do último ponto citado.
Destacam-se as atuações brilhantes de Wagner Moura, Irandhir Santos e Maria Ribeiro. André Mattos cumpre o seu papel com excelência sendo um dos principais destaques do filme. A mistura de Wagner Montes e Natalino ficou sensacional. A ponta de Seu Jorge tem lá o seu charme.
O filme é repleto de ironias, as mais óbvias são as nominais, que eventualmente arranca risos dos que conhecem a realidade carioca. "Mira Geral" dando lugar ao "Balanço Geral" de Wagner Montes; "Rio das Rochas" ao invés de "Rio das Pedras"; Deputado "Fraga" substituindo o Deputado Marcelo Freixo. Além é claro dos planos velozes e escuros do governador levando facilmente a confusão com Sérgio Cabral.
Técnicamente impecável, nem tem muito o que se falar sobre isso. José Padilha mostra-se maduro e confiante em suas composições. O foco na política eleva as cenas de ação a um outro nível. Tropa de Elite 2 é provavelmente o filme mais importante da história do nosso cinema. Pois além de entreter questiona o nosso papel como cidadãos e mostra a muitos uma realidade que tentavam não enxergar. É dificil acreditar que se lançado um mês antes o governador Sérgio Cabral e o deputado Wagner Montes seriam eleitos de forma tão expressiva.
O filme é genial como um todo, Padilha está de parabéns. Merece muitos aplausos.
Quando se mora no Rio de Janeiro, na Zona Oeste, é impossível não sentir o que o filme quer passar. A sensação de impotência é enorme. Vemo-nos muita das vezes representados na tela. Quantas vezes não vi milicianos e policiais da delegacia próxima almoçando no mesmo restaurante, na mesma mesa. "O sistema é foda". Está tudo entrelaçado: Os comerciantes obrigados a pagar taxas aos milicianos, os ex-policias que comandam diretamente o processo, os atuais policiais a quem são subordinados, os políticos que mandam nestes. E nós, nós que estupidamente os elegemos. Vivemos em um coronelismo contemporâneo. Onde por meros dez reais vende-se o voto. Cidadania vendável, triste, não?
Os conflitos de nascimento romanceiam o filme equilibrando sua linguagem, não o tornando pesado demais. Contudo, os problemas pessoais de nascimento acabam dialogando com o foco político principal. O descanso acaba por nos forçar a pensar mais um pouquinho de forma sutil. O conflito entre o capitão e o deputado Diogo Fraga é a prova mais expressiva do último ponto citado.
Destacam-se as atuações brilhantes de Wagner Moura, Irandhir Santos e Maria Ribeiro. André Mattos cumpre o seu papel com excelência sendo um dos principais destaques do filme. A mistura de Wagner Montes e Natalino ficou sensacional. A ponta de Seu Jorge tem lá o seu charme.
O filme é repleto de ironias, as mais óbvias são as nominais, que eventualmente arranca risos dos que conhecem a realidade carioca. "Mira Geral" dando lugar ao "Balanço Geral" de Wagner Montes; "Rio das Rochas" ao invés de "Rio das Pedras"; Deputado "Fraga" substituindo o Deputado Marcelo Freixo. Além é claro dos planos velozes e escuros do governador levando facilmente a confusão com Sérgio Cabral.
Técnicamente impecável, nem tem muito o que se falar sobre isso. José Padilha mostra-se maduro e confiante em suas composições. O foco na política eleva as cenas de ação a um outro nível. Tropa de Elite 2 é provavelmente o filme mais importante da história do nosso cinema. Pois além de entreter questiona o nosso papel como cidadãos e mostra a muitos uma realidade que tentavam não enxergar. É dificil acreditar que se lançado um mês antes o governador Sérgio Cabral e o deputado Wagner Montes seriam eleitos de forma tão expressiva.
O filme é genial como um todo, Padilha está de parabéns. Merece muitos aplausos.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Os 10 melhores roteiros originais.
Faz tanto tempo que não faço uma lista... Reparei que eu como neurótico obsessivo que adorava fazer listas e sonha em ser roteirista não tem sequer uma lista de seus roteiros e/ou autores favoritos. Decidi então fazer uma para satisfazer a alma e mostrar-lhes, todos estes roteiros são partes de mim.
1 - Pulp Fiction (Quentin Tarantino, Roger Avary);
2 - Citizen Kane (Orson Welles, Herman J. Mankiewicz);
3 - Dancer in the Dark (Lars Von Trier);
4 - Inglorious Basterds (Quentin Tarantino);
5 - Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen);
6 - Central do Brasil (Marcons Bernstein, João Emanuel Carneiro, Walter Salles);
7 - Les Chansons D'Amour (Christophe Honoré);
8 - Ultimo tango a Paris (Bernardo Bertolucci, Franco Arcalli, Agnès Varda);
9 - The Purple Rose of Cairo (Woody Allen);
10 - Match Point (Woody Allen).
Esta aí, três filmes do Woody e dois do Tarantino, dois dos meus roteiristas e diretores favoritos. Lars Von Trier sempre ousado, Orson Welles e Herman J. Mankiewicz fizeram um clássico, Bertolucci e Honoré seduzem com autênticos filmes franceses. Walter Salles é quem escreveu o argumento daquele que para mim é o melhor filme nacional, Central do Brasil re-acordou o cinema brasileiro, tirou o nosso cinema do anonimato sem nos fazer perder a identidade. Assim que der, porque estou com um pouco de pressa, faço uma lista de roteiros adaptados.
1 - Pulp Fiction (Quentin Tarantino, Roger Avary);
2 - Citizen Kane (Orson Welles, Herman J. Mankiewicz);
3 - Dancer in the Dark (Lars Von Trier);
4 - Inglorious Basterds (Quentin Tarantino);
5 - Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen);
6 - Central do Brasil (Marcons Bernstein, João Emanuel Carneiro, Walter Salles);
7 - Les Chansons D'Amour (Christophe Honoré);
8 - Ultimo tango a Paris (Bernardo Bertolucci, Franco Arcalli, Agnès Varda);
9 - The Purple Rose of Cairo (Woody Allen);
10 - Match Point (Woody Allen).
Esta aí, três filmes do Woody e dois do Tarantino, dois dos meus roteiristas e diretores favoritos. Lars Von Trier sempre ousado, Orson Welles e Herman J. Mankiewicz fizeram um clássico, Bertolucci e Honoré seduzem com autênticos filmes franceses. Walter Salles é quem escreveu o argumento daquele que para mim é o melhor filme nacional, Central do Brasil re-acordou o cinema brasileiro, tirou o nosso cinema do anonimato sem nos fazer perder a identidade. Assim que der, porque estou com um pouco de pressa, faço uma lista de roteiros adaptados.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Der Untergang (Post atualizado)
Uma direção impecável e um bom roteiro consolidam o ponto inicial pra este filme grandioso. De Bruno Ganz a Juliana Köler, as atuações estão no tom certo, sem espaço para deslizes. A fotografia é bela e sombria, entrelaçando-se com o filme como um todo. “Queda” mostra o lado dos nazistas em um mundo que se diz aberto a todas as opiniões, mas que condena sem ouvir os dois lados. É claro que não existe filme/livro que justifique tudo que os nazistas fizeram, mas nos aprofundarmos em sua natureza nos mostra que não eram inteiramente monstros. Havia uma explicação ideológica, mesmo que equivocada para nossa sociedade do ponto de vista humanitário. Assim como o recente “O Leitor”, implanta em nossas mentes a dúvida: “E eu? O que eu faria se fosse comigo? Se eu fosse alemão naquela época, o que eu pensaria?”.
Um filme feito para a reflexão, que põe em evidência nosso julgamento e compaixão. Em certo ponto esquecemos até mesmo quem é Hitler e o que ele fez, acompanhando o sentimento da secretária e desejando que ele não se suicide. Quando voltamos a realidade entramos em estado de choque ao nos darmos conta que defendemos mentalmente aquele que é considerado um dos maiores monstros da história da humanidade, mas afinal não é isso que os filmes devem fazer? Nos levar ao delírio, nos tirar da realidade durante um curto período nos levando a acreditar naquele momento no que nos é mostrado?
Ninguém vai defender Adolf Hitler ou o nazismo após ver o filme, mas a visão é clareada, um pouco mais ampla e panorâmica. Conhecer todos os lados de uma história é sempre bom, e considerando isso, posso dizer que o filme deixa isto como uma lição importante para todas as gerações, tanto do ponto de vista humano quanto cinematográfica. “Queda” revela aos desatentos que o que consagra um bom filme não é puramente a história, e sim o ponto de vista sobre ela.
Um filme feito para a reflexão, que põe em evidência nosso julgamento e compaixão. Em certo ponto esquecemos até mesmo quem é Hitler e o que ele fez, acompanhando o sentimento da secretária e desejando que ele não se suicide. Quando voltamos a realidade entramos em estado de choque ao nos darmos conta que defendemos mentalmente aquele que é considerado um dos maiores monstros da história da humanidade, mas afinal não é isso que os filmes devem fazer? Nos levar ao delírio, nos tirar da realidade durante um curto período nos levando a acreditar naquele momento no que nos é mostrado?
Ninguém vai defender Adolf Hitler ou o nazismo após ver o filme, mas a visão é clareada, um pouco mais ampla e panorâmica. Conhecer todos os lados de uma história é sempre bom, e considerando isso, posso dizer que o filme deixa isto como uma lição importante para todas as gerações, tanto do ponto de vista humano quanto cinematográfica. “Queda” revela aos desatentos que o que consagra um bom filme não é puramente a história, e sim o ponto de vista sobre ela.
Death Proof
“A Prova de Morte” é mais um daqueles filmes que sobre o olhar peculiar de Tarantino torna-se excelente e “cool”, mas que nas mãos de qualquer outro seria um lixo.
Talvez sejam os planos irresistíveis, ou seus diálogos ácidos e vulgares, quem sabe a tara por pés? Não sabemos o que realmente torna o cinema de Quentin Tarantino tão especial. O que sabemos é que os filmes de Tarantino são sempre incríveis.
Em “A Prova da Morte”, nos é contada: A história de um maníaco ex-dublê e seu carro tão assassino quanto ele, três amigas e uma quase traficante assassinadas pelo personagem de Kurt Russel (O ex-dublê) e seu carro, uma amiga deixada para trás com o borracheiro e três mulheres fenomenais em um dos maiores ápices feministas da história do cinema americano.
É praticamente impossível definir um filme de Tarantino por sua sinopse, ou pela descrição de como se desenrolam os acontecimentos. O charme está em como ocorre, e não no que ocorre. Diria que o filme é dividido em duas partes, a primeira parte é a que dispõe dos melhores diálogos, excessivos as vezes, e da melhor cena do filme: A dança erótica de Albernathy. A cena é muito bem filmada, sendo erótica e ao mesmo tempo desprovida de apelação. A segunda parte é mais ágil, a perseguição das garotas ao “ex-dublê” é sensacional.
A trilha sonora retrô, os defeitos propositais nas imagens (suscetíveis até a pequenas voltas), os pés, o feminismo, o vilão canastrão e a valorização do corpo feminino são as principais e mais perceptíveis características do filme. Uma excelente referência a todos aqueles filmes ruins que vemos nas prateleiras das locadoras. Vemos condensados no filme todo um estilo cinematográfico, ainda assim permanecendo original. O dom de Tarantino é inquestionável, o cara sabe como fazer filmes. Pretensioso ou não, Tarantino é um dos melhores diretores de sua geração, que mais uma vez transforma água em vinho.
domingo, 27 de junho de 2010
Entre os Muros da Escola
Decidi escrever novamente sobre o filme após vê-lo novamente na aula de francês. O outro post ficou muito seco e superficial, ai vai a nova resenha...
O filme mostra o cotidiano de uma escola da periferia francesa, onde os professores mal pagos e os alunos desiludidos convivem diariamente. Não obstante em escrever o livro que deu origem ao filme, o próprio François Bégaudeau interpretou o papel principal de mesmo nome. O filme toma um caráter forte e documentativo, sem tornar-se um mero folheto (Como o documentário “Uma Verdade Inconveniente”). O roteiro bem estruturado, a direção inspirada e as atuações realistas de adolescentes reais tornam o filme irresistível. Todo o aspecto visual é belo, porém é o que menos se sobressai no filme. A bela fotografia chega a ser ofuscada em certos momentos por todas as outras qualidades.
O filme foge ao clichê em todas as situações e diálogos, o final é mais do que prova disto. Toda uma sociedade francesa é retratada na sala de aula, o professor francês visto como burguês e os alunos da periferia como oprimidos. Isto é ainda mais interessante ao notar-se que toda a história passa-se entre “os muros da escola”, literalmente. Os alunos vêem seu professor da forma como seus pais vêem os franceses “puros”. E os métodos do professor acabam não ajudando, ele tenta estimular os alunos através de provocações, causando o efeito contrário.
O “conselho” simboliza o sistema opressor que é uma mera formalidade. Onde não se tenta mudar o final da história ao longo de sua ocorrência, deixa-se tudo para o final e ao chegar em tal ponto, ignora-se todo o contexto de vida do aluno. Mas será mesmo que todos devem ser tratados da mesma forma, sem nenhum tipo de exceção? Os diferentes devem ser tratados como iguais? Ou será que devem ser tratados como diferentes, aprendendo a sim a respeitar uns aos outros?
“Entre os Muros da Escola” não é só um retrato do sistema educacional francês ou da sociedade francesa. É um retrato de toda a sociedade, de forma global, incluindo a nossa. Um dos melhores filmes dos últimos tempos.
sábado, 19 de junho de 2010
Orgulho e Preconceito.
Não há como não comparar o filme ao livro, e desta forma classificaria o filme como pífio. Porém são duas formas diferentes de arte, e tenho dar o braço a torcer, isoladamente "Pride & Prejudice" é um filme arrebatador. A forma ágil como é contada por Joe Wright nos traz certos momentos de defasagem, mas cumpre o seu dever. Não culpo o roteiro, é um tipo de livro bastante difícil de adaptar para as telas.
A parte técnica é impecável! A fotografia é belissima, o figurino delicado, a cenografia perfeccionista e a direção de arte claramente inspirada. A trilha sonora é um show a parte.
A história do improvável amor entre Mr.Darcy e Miss Bennet é divina, servindo também como crítica social a época em que é retratada. O elenco é maravilhoso, mesmo que a versão de Mr.Bingley tenha ficado abobalhada demais. Knightley esta divina, sem dúvida é sua melhor atuação entre os filmes que vi com sua participação, digno de sua indicação ao Oscar.
O filme é lindo, recomendo!
A parte técnica é impecável! A fotografia é belissima, o figurino delicado, a cenografia perfeccionista e a direção de arte claramente inspirada. A trilha sonora é um show a parte.
A história do improvável amor entre Mr.Darcy e Miss Bennet é divina, servindo também como crítica social a época em que é retratada. O elenco é maravilhoso, mesmo que a versão de Mr.Bingley tenha ficado abobalhada demais. Knightley esta divina, sem dúvida é sua melhor atuação entre os filmes que vi com sua participação, digno de sua indicação ao Oscar.
O filme é lindo, recomendo!
domingo, 6 de junho de 2010
The Purple Rose of Cairo
Mais uma obra prima de Woody Allen.
Mia Farrow maravilhosa nos leva para um mundo onde tudo é possível. Um mundo onde o real quer ser ficticio, e o ficticio quer ser real. Tudo é claro, com o toque único e descontraido de Wooddy.
A fotografia é um show a parte, o elenco é exemplar, o roteiro é primoroso (Escrito por Woody, não podia ser diferente), a direção está inspirada e a trilha sonora arrebenta. Se eu não fosse tão obcecado por "Vicky Cristina Barcelona" e por seus personagens tão envolventes, diria que este é o melhor filme de Woody Allen.
A história do personagem de cinema que apaixona-se pela triste mulher que o assiste constantemente é encantadora. Nos leva a refletir sobre a idéia de realidade e como lidamos com ela.
O filme é leve, ágil e doce. Vai para o meu top 20, recomendo muitissimo! Um filme revoluciorário dos anos 80, na onda de Woody Allen mostrando que na vida real, nem sempre os finais são felizes.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
A Single Man
O roteiro original, a direção surpreendente de Tom Ford, a fotografia brilhante e o elenco fabuloso, fazem deste filme, algo raramente visto.
Para começar, falemos de Colin Firth. Sua atuação é estupenda e unida ao jogo de cores da fotografia, ganha mais força ainda. Julianne Moore bela como sempre, porém muito mal aproveitada (Um dos poucos pontos negativos do filme). Nicholas Hoult provando que vai muito além do Tony da série inglesa "Skins", ao invés disso mostra que tem personalidade e maturidade para interpretar um personagem tão singular. Jon Kortajarena é um espetáculo a parte, sua cena sem dúvida é uma das melhores e o seu Carlos a la James Dean é estupendo e natural.
A melhor cena do filme fica nas mão de Colin Firth e do ainda não citado, Matthew Goode. Onde estão em cima de uma pedra conversando sobre Charlote e outras coisas. O estilo da fotografia lembra um pouco a de Fellini. Falando em fotografia, não podemos deixar de enfatizá-la. O jogo entre cinza (solidão) e solar (paixão, coletividade, sentimento) nos guia através dos sentimentos do personagens. A colorida, ou como eu já chamei antes, solar, aparece quando de alguma forma outros personagens o iluminam, o puxam para o presente. Livram-lhe de sua solidã amarga, representada continuamente pela fotografia acizentada.
A estréia de Tom Ford na direção não podia ser melhor, comandar um elenco afiado e escolher tão bem os planos é algo bastante importante e satisfatório. Há de se lembrar também da trilha sonora e do figurino, caracteristicos dos anos 60.
"A Single Man" é uma obra imperdível, que merece ser vista por todos. Recomendo!
terça-feira, 18 de maio de 2010
Alice in Wonderland
O pior filme de Tim Burton.
Após consodilar-se no espaço cinematográfico, Tim Burton dá uma bela escorregada em "Alice", um filme que não nos acrescenta nada.
Visualmente belissimo, seu conteúdo é nulo. Atores mal aproveitados e personagens irritantes (Como a Rainha Branca) estragam a história de Lewis carrol. Depp e Boham Carter arrasam como sempre, seus figurinos estão estupendo e as atuações são brilhantes.
A guerra travada pelos personagens não tem sentido algum, um conflito mal estruturado que só serviu pra dar um tom de ação (FAIL) ao filme.
Nem vou perder meu tempo falando muito de alice, só digo que é uma grande decepção. Só vale pela fotografia, maquiagem, trilha sonora e figurino. O resto (Além de algumas atuações) é puro lixo.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Central do Brasil
Meus olhos já tinham ficado inchados em outros filmes, minha pele arrepiada, mas eu nunca havia chorado. Sempre falava dos filmes em que eu "quase chorei". Central do Brasil mudou isto. Não tenho vergonha de dizer que chorei mesmo, o filme é forte e comovente, autenticamente brasileiro. Dora é o Brasil, o Brasil que é forte, que se faz de bruto, que comete erros, mas que se arrepende. Um Brasil cheio de amor, que luta com todas as forças. Josué é a inocência, a natureza, os olhos doces cheios de esperanças, que não consegue mentir, que agem diferente da boca entregando seus verdadeiros sentimentos.
O roteiro maravilhoso narra a história da trajetória de Dora e Josué excepcionalmente. Sem deslizes, merecia uma indicação ao Oscar, assim como a fotografia e a direção. Voltando ao roteiro, os personagens são tratados dignamente, todos são importantes para a história, desde Irene (Maravilhosamente interpretada por Marilia Pêra) até os clientes de Dora, todos têm sua história, sua dor, mesmo que estas não sejam aprofundadas ou nem exibidas. Uma frase, um diálogo, uma expressão, tudo serve de arma para Walter Salles. Salles dá vida a cada palavra do roteiro.
Em “Central do Brasil”, Josué é um menino que mora no Rio de Janeiro sozinho com a mãe. A mãe de Josué morre e ele re-encontra Dora, a escrivã com quem ele e sua mãe haviam estado pouco antes de sua morte. Fernanda Montenegro executa a maior atuação do cinema nacional interpretando Dora, uma mulher impressionante e única. Que sacrifica o pouco que tem para ajudar Josué a encontrar o pai. A principio parece que ela faz isto pela culpa de ter quase vendido o menino. Mas depois podemos enxergar que é só uma desculpa, na verdade Dora precisa do menino tanto quanto ele precisa dela.
A câmera sensível de Salles, somando-se a fotografia e a trilha sonora, encaixam-se perfeitamente com a história. A luz, o figurino, o elenco e todo o resto nos ajudam a acreditar no filme, onde cada detalhe parece real. Parece que tudo foi documentado, todos os elementos fluem liricamente.
E retorno a dizer: “Central do Brasil” não é apenas um filme, é o próprio Brasil.
O roteiro maravilhoso narra a história da trajetória de Dora e Josué excepcionalmente. Sem deslizes, merecia uma indicação ao Oscar, assim como a fotografia e a direção. Voltando ao roteiro, os personagens são tratados dignamente, todos são importantes para a história, desde Irene (Maravilhosamente interpretada por Marilia Pêra) até os clientes de Dora, todos têm sua história, sua dor, mesmo que estas não sejam aprofundadas ou nem exibidas. Uma frase, um diálogo, uma expressão, tudo serve de arma para Walter Salles. Salles dá vida a cada palavra do roteiro.
Em “Central do Brasil”, Josué é um menino que mora no Rio de Janeiro sozinho com a mãe. A mãe de Josué morre e ele re-encontra Dora, a escrivã com quem ele e sua mãe haviam estado pouco antes de sua morte. Fernanda Montenegro executa a maior atuação do cinema nacional interpretando Dora, uma mulher impressionante e única. Que sacrifica o pouco que tem para ajudar Josué a encontrar o pai. A principio parece que ela faz isto pela culpa de ter quase vendido o menino. Mas depois podemos enxergar que é só uma desculpa, na verdade Dora precisa do menino tanto quanto ele precisa dela.
A câmera sensível de Salles, somando-se a fotografia e a trilha sonora, encaixam-se perfeitamente com a história. A luz, o figurino, o elenco e todo o resto nos ajudam a acreditar no filme, onde cada detalhe parece real. Parece que tudo foi documentado, todos os elementos fluem liricamente.
E retorno a dizer: “Central do Brasil” não é apenas um filme, é o próprio Brasil.
Tempos de Paz
A bela fotografia e as boas atuações são ofuscadas pela direção quadrada e entediante de Daniel Filho. Aliás, ele dá uma de ator pra quê? Para se humilhar? O cara interpreta tão mal que chega a doer. E Louise Cardoso? Puro desperdício de talento. Coadjuvante sem vida que só serve mesmo para ajudar a contar a história do personagem de Tony Ramos. Os roteiristas esquecem as vezes que o coadjuvante não sabe que é coadjuvante, tem vida própria, mesmo que não seja mostrada.
Dan Stulbach dá um banho de interpretação, provando ser o nosso Tom Hanks brasileiro, tanto em aparência, quanto em talento (Exagero detectado). Tony Ramos nada surpreendente, sem sal, sem força... Reformulando algo dito no primeiro parágrafo, os atores são bons (Exceto Daniel Filho), mas (exceto Dan) fazem atuações pífias.
O fato de que a maior parte do filme se passa em lugares fechados não dá brecha para as edições malfeitas típicas do cinema nacional. A fotografia é linda, mesmo que desperdiçada em planos mal escolhidos.
O filme é bem dispensável. Mas tem uma certa importância histórica e uma seqüência final “bonitinha”.
(Desculpem o post pouco entusiasmado, é que é o sentimento que o filme traz mesmo ¬¬')
Dan Stulbach dá um banho de interpretação, provando ser o nosso Tom Hanks brasileiro, tanto em aparência, quanto em talento (Exagero detectado). Tony Ramos nada surpreendente, sem sal, sem força... Reformulando algo dito no primeiro parágrafo, os atores são bons (Exceto Daniel Filho), mas (exceto Dan) fazem atuações pífias.
O fato de que a maior parte do filme se passa em lugares fechados não dá brecha para as edições malfeitas típicas do cinema nacional. A fotografia é linda, mesmo que desperdiçada em planos mal escolhidos.
O filme é bem dispensável. Mas tem uma certa importância histórica e uma seqüência final “bonitinha”.
(Desculpem o post pouco entusiasmado, é que é o sentimento que o filme traz mesmo ¬¬')
domingo, 18 de abril de 2010
Ma Mère
Honoré mostra toda a sua visão, os planos que se encaixam perfeitamente nas cenas e os atores em sincronia são típicos da direção de Honoré. Visualmente é um filme lindo, sua fotografia, figurino e seus cenários são maravilhosos. Porém o roteiro é digamos que... “Inquietante”.
Nunca fiquei tão nervoso vendo um filme. Ele dá vontade de parar de vê-lo, mas te prende ao mesmo tempo. A história ao estilo ''Complexo de Édipo'' ajuda, o personagem de Garrel com personalidade doentia corrói nossas entranhas, talvez esta seja sua melhor atuação. Poucos atores seriam capazes de fazer um personagem assim de forma tão bela.
Mesmo com toda a sincronia do elenco, não há como não notar a frieza dele (Exceto Garrel). Talvez tenha sido intencional, mas me desagradou um pouco. O roteiro nos deixa inquietos por seu tema e pela forma como é tratado. Além disso, é também mal feito e estruturado, como se tivesse sido escrito em apenas um dia e sem revisões.
De todos os filmes que vi do Honoré, é o único que não considero muito bom. Contudo é visualmente fundamental para qualquer cinéfilo.
Atrizes
Garrel interpreta mais uma vez de forma impecável! Sou suspeito pra comentar sobre qualquer filme que tenha Louis Garrel, Gael Garcia Bernal ou Penélope Cruz no elenco. O problema é que dessa vez, mesmo com a atuação maravilhosa de Garrel, o filme não consegue passar do “legalzinho”.
O elenco bem escolhido, a bela fotografia e o figurino lindo prendem a atenção do inicio ao fim. Porém o roteiro confuso e mal construído e a direção repetitiva declinam o filme. Possui personagens fortes que poderiam ter sido bem aproveitados, entretanto o roteirista não conseguiu conduzir os personagens e situações de forma interessante. Sente-se o peso de um bom diretor nas atuações apaixonadas do elenco, os atores estão à vontade o tempo inteiro, suas atuações fluem. Contudo os planos são muito parecidos, tornando-se chatos.
A iluminação maravilhosa somando-se com a fotografia é o que mais se destaca. Assistir “Atrizes” não é perda de tempo, mas também não dá nenhum prazer descomunal. É simplesmente agradável.
sábado, 17 de abril de 2010
Negócios de Família
A essência do filme está em suas atuações. O bom roteiro, a direção e todo o resto acabam ficando em segundo plano. Matthew Broderick, Dustin Hoffman e Sean Connery estão brilhantes em mais uma obra de Lumet. Considerando que Lumet é o mesmo diretor de “Um dia de cão”, percebe-se que o cara é mestre em tirar o melhor dos seus atores.
São estas atuações esplêndidas que nos permitem sentir os laços e conflitos em homens de três gerações de uma família. Dustin Hoffman foi criado pelo pai (Sean Connery) trambiqueiro em um ambiente divertido, porém cheio de trapaças. Acaba se afastando desse caminho trabalhando, casando-se e levando uma vida agradável de classe média com a esposa e o filho. Até que vê o filho (Matthew Broderick) se envolver em negócios sujos com o avô, e para protegê-lo entra na jogada. A partir daí começamos a questionar quem é realmente Vito(Dustin Hoffman) e as reais razões para ele ter abandonado o mundo do crime.
A natureza criminosa da família envolvida em um plano perfeito dá a tensão e o humor necessários para um maravilhoso filme. O roteiro bem estruturado e bem conduzido por Lumet nos faz sorrir a cada cena. Mesmo que a fotografia seja um tanto incoerente com a alma do filme, é sóbria o bastante para não estragá-lo. O figurino, a trilha sonora, os cenários etc, me pareceram irrelevantes, nada especiais.
Embora as naturezas dos personagens sejam completamente diferentes, lembra um pouco a relação de Vito e Michael Corleone em “O Poderoso Chefão”, a tentativa frustrada de impedir o filho de seguir caminhos errados como os seus.
Uma excelente obra cinematográfica que infelizmente foi pouco reconhecida.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Coco Avant Chanel
Talvez esta seja a parte menos interessante da vida de Gabrielle Chanel, o roteiro até que tenta, mas não consegue segurar o filme. A direção não consegue captar as partes boas do filme, porém consegue tirar bom proveito do seu grande elenco. Audrey Tautou brilhante, não tanto quanto em Amélie Poulain, garante boa parte da diversão do filme, interpretando uma mulher forte e complicada. O contraste entre as roupas simples de “menino” e a personalidade feminina forte fazem de Gabrielle uma personagem contraditória e deliciosa.
Mesmo sendo arrastado do inicio até a parte em que Gabrielle e “Boy” se beijam no estábulo (É ai que o filme realmente se torna cativante, e salva todo o resto do fracasso),firma-se em alguns aspectos técnicos. O figurino, os cenários e a fotografia são de tirar o fôlego. É um daqueles filmes em que a fotografia se entrelaça com a história dando o tom ideal.
A cena inicial e as referências amarguradas e floreadas de “Coco” são muito pouco para justificar a personalidade da personagem. A sorte é que Tautou é tão maravilhosa que nos faz deixar isso de lado.
Não esperem uma grande experiência cinematográfica. O filme é maravilhoso ao contribuir para o entendimento da natureza feminista, onde as mulheres são iguais aos homens, mas sem deixarem de ser mulheres. Isto é Chanel!
sábado, 10 de abril de 2010
Os Famosos e os Duendes da Morte
Como escrever sobre algo que nem se sabe como definir? É a minha dúvida cruel ao iniciar este post. Li em um monte de lugares antes de ver o filme sobre o conflito de gerações, o retrato do jovem da atualidade e outras coisas do gênero. Pode até ser, mas não é o essencial do filme. Você me pergunta: Então qual é a essência do filme? A mensagem? E eu respondo: Não faço a mínima idéia!
Podemos falar de sua bela fotografia, das boas atuações, da direção que segue o ritmo necessário, do excelente uso do humor negro e da maravilhosa trilha sonora [Para fãs de Bob Dylan e para os que ainda não conheciam muito ou quase nada da obra do cara(como eu)]. Porém, isto me parece irrilevante no final das contas, tem algo no filme que eu não consigo captar que simplismente me fascina e suga minha atenção. Talvez tenha algo haver com o fato de me identificar estranhamente com alguns traços da personalidade do personagem principal, ou simplismente pela história em si me agradar...
Não sei o que dizer sobre ''Os Famosos e os Duendes da Morte'', só sei que gostei, e gostei muito. E recomendo, espero que sintam o que eu senti, essa coisa cruel que te deixa intrigado. Honestamente, adoro quando isso acontece.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A fita branca.
''O homem é naturalmente mal'', já diziam os filosófos. Michael Haneke só tratou de reforçar. ''A fita branca'' é um filme simples, bonito e comovente que fala da crueldade humana. No primeiro momento em que é revelada a razão do título, fala-se do branco, da puereza, da inocência, que pode levar diretamente para a fotografia P&B, de certa forma a justificando. A inocência está diretamente ligada a infância, e é na infância que os traços de nossa natureza estão mais reforçados. Ainda não sofremos muita influência externa, nossa personalidade está em formação. Seguindo esta linha podemos concluir que ''A fita branca'' trata da natureza do homem.
''Por que eles devem ser punidos?'' é a fala que consagra toda minha interpretação sobre o filme. Se pensarmos em dois dos crimes principais, poderemos enxergar a arrogância Ariana e seu complexo de superioridade. - O médico é um grande pecador, homem maldoso, que maltrata suas mulheres, um adúltero; A criança com síndrome de down tem dois contras, além de ser diferente do padrão ariano, é também filho de dois grandes pecadores: O médico adúltero e a parteira. E logo após o crime é deixado um bilhete que diz entre outras coisas ''Até a terceira, quarta geração''. - As crianças se acham no direito de punir e retirar toda a parte podre de sua raça, além de toda a crueldade com que os crimes são cometidos. São pensamentos desta linha que dão origem a outros, como os pensamentos nazistas. Onde toda a crueldade é justificada se for ''Por um bem maior''.
Os planos bem escolhidos, o roteiro preciso, as boas atuações e a excelente fotografia fazem deste, um grande filme. Haneke nos leva a pensar em coisas grandes, a partir de situações pequenas. Uma incrível viajem temporal e psicológica, nota 8.5.
Ps. José Wilker disse uma vez, quando os indicados ao Oscar 2010 estavam sendo anunciados, que para ver a relação do filme com o nazismo deveria have um nivel intelectual muito alto. Pois bem, discordo! Minha mente não é lá estas coisas e consegui enxergar a ligação ;D
''Por que eles devem ser punidos?'' é a fala que consagra toda minha interpretação sobre o filme. Se pensarmos em dois dos crimes principais, poderemos enxergar a arrogância Ariana e seu complexo de superioridade. - O médico é um grande pecador, homem maldoso, que maltrata suas mulheres, um adúltero; A criança com síndrome de down tem dois contras, além de ser diferente do padrão ariano, é também filho de dois grandes pecadores: O médico adúltero e a parteira. E logo após o crime é deixado um bilhete que diz entre outras coisas ''Até a terceira, quarta geração''. - As crianças se acham no direito de punir e retirar toda a parte podre de sua raça, além de toda a crueldade com que os crimes são cometidos. São pensamentos desta linha que dão origem a outros, como os pensamentos nazistas. Onde toda a crueldade é justificada se for ''Por um bem maior''.
Os planos bem escolhidos, o roteiro preciso, as boas atuações e a excelente fotografia fazem deste, um grande filme. Haneke nos leva a pensar em coisas grandes, a partir de situações pequenas. Uma incrível viajem temporal e psicológica, nota 8.5.
Ps. José Wilker disse uma vez, quando os indicados ao Oscar 2010 estavam sendo anunciados, que para ver a relação do filme com o nazismo deveria have um nivel intelectual muito alto. Pois bem, discordo! Minha mente não é lá estas coisas e consegui enxergar a ligação ;D
terça-feira, 6 de abril de 2010
Reservoir Dogs.
Dos 5 filmes que já vi do Tarantino, este sem dúvida é o pior. Não que seja ruim, mas não é tão bom quanto os outros. Descobrimos quem é Mr.Orange rápido demais; Mr.Blue e Mr.Brown? Por que não saber mais sobre eles?; Mr.Pink? Como ele se envolveu com aquilo tudo? Segundo minha interpretação, ele era tão ''profissional'' que era o único a não conhecer realmente Joe. O filme é cheio de vazios, talvez só o de Mr.Pink tenha justificativa. Não consigo digerir a razão pela qual a crítica amou tanto este filme. Talvez seja por causa do fabuloso Mr.Blonde, um dos mais memoráveis personagens da história do cinema, pena que em certos momentos a autação de Madsen pareça tão forçada.
Mais uma vez Tarantino faz um bom trabalho, ''Reservoir Dogs'' me parece apenas uma preparação para o magnifíco e inigualável ''Pulp Fiction''. Para qualquer diretor comum, um filme como ''Reservoir Dogs'' seria o ponto alto da carreira, mas para Tarantino, não passa de uma mixaria. Afinal, poucos são os diretores(vivos) melhores ou tão bons quanto ele.
Mais uma vez Tarantino faz um bom trabalho, ''Reservoir Dogs'' me parece apenas uma preparação para o magnifíco e inigualável ''Pulp Fiction''. Para qualquer diretor comum, um filme como ''Reservoir Dogs'' seria o ponto alto da carreira, mas para Tarantino, não passa de uma mixaria. Afinal, poucos são os diretores(vivos) melhores ou tão bons quanto ele.
domingo, 4 de abril de 2010
8½
Rob Marshall devia ter vergonha da homenagem da onça que fez a Fellini, Nine pode ter personagens em comum, cenas(escritas) em comum, mas não chega aos pés de 8 ½. A fotografia maravilhosa, o roteiro excelente e a direção precisa nos envolvem de uma maneira quase que surreal, é difícil as vezes separar o que é real e o que faz parte da imaginação de Guido. [delete]Confesso que acidentalmente senti falta das musiquinhas...[/delete]
8 ½ pode até não ter o número ''Be Italian'', mas se aproxima muito mais do que a música diz que o próprio Nine. É impossivel não fazer comparações apartir do momento que se vê os dois. Só digo pra finalizar, que 8 ½ é imperdível!
8 ½ pode até não ter o número ''Be Italian'', mas se aproxima muito mais do que a música diz que o próprio Nine. É impossivel não fazer comparações apartir do momento que se vê os dois. Só digo pra finalizar, que 8 ½ é imperdível!
sábado, 3 de abril de 2010
Der Untergang
Uma direção impecável e um bom roteiro são o ponto inicial pra este filme grandioso. Atuações no tom certo e bonita fotografia, é indispensável que seja visto. Mostra o lado dos nazistas em um mundo que se diz aberto a todas as opiniões, mas que condena sem ouvir os dois lados. É claro que não existe filme/livro que justifique tudo que os nazistas fizeram, mas nos aprofundarmos em sua natureza nos mostra que não eram inteiramente monstros, e assim como ''O leitor'' nos pões na cabeça a dúvida ''O que eu faria se fosse comigo?''
Um filme feito para a reflexão, que põe em evidência nosso julgamento e compaixão. Em certo ponto esquecemos até mesmo quem é Hitler e o que ele fez, acompanhando o sentimento da secretária e desejando que ele não se suicide. Quando voltamos a realidade entramos em estado de choque, mas afinal não é isso que os filmes devem fazer? Nos tirar da realidade durante um curto período nos levando a acreditar naquele momento no que nos é mostrado? Ninguém vai defender Hitler após ver o filme ou algo assim, mas clareia nossa visão. Conhecer todos os lados de uma história é sempre bom, e considerando isso, posso dizer que o filme deixa isto como uma lição importante para todas as gerações.
Um filme feito para a reflexão, que põe em evidência nosso julgamento e compaixão. Em certo ponto esquecemos até mesmo quem é Hitler e o que ele fez, acompanhando o sentimento da secretária e desejando que ele não se suicide. Quando voltamos a realidade entramos em estado de choque, mas afinal não é isso que os filmes devem fazer? Nos tirar da realidade durante um curto período nos levando a acreditar naquele momento no que nos é mostrado? Ninguém vai defender Hitler após ver o filme ou algo assim, mas clareia nossa visão. Conhecer todos os lados de uma história é sempre bom, e considerando isso, posso dizer que o filme deixa isto como uma lição importante para todas as gerações.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
E.T.
Obra-Prima incontestável, E.T. impressiona nas sutilezas, tornando simples um acontecimento ''extraordinário'', sem se deixar influenciar pelos exageros de Hollywood. A história do elo de amizade entre o ser de outro mundo e um garoto comum escrita por Melissa Mathison e contada de forma primorosa por Spielberg. Atuações sincronizadas, efeitos visuais revolucionários para a época e fotografia belíssima. Nada como uma história contada pelo ponto de vista inocente de uma criança. Não é difícil se ver apaixonado pelo ser ''extra-terrestre''. Atemporal, para ser visto por pessoas de todas as idades. Um verdadeiro clássico.
sábado, 20 de março de 2010
Crazy Heart.
Jeff Bridges em uma atuação brilhante que lhe rendeu um merecido oscar. A história do homem decadente escrita de uma forma original e sem apelar para os clichês de sempre. Uma boa direção, fotografia as vezes meio morta demais.
E para né, que Take It All (NINE) perdeu o oscar de melhor canção para The Weary Kind (Crazy Heart). ¬¬'
E para né, que Take It All (NINE) perdeu o oscar de melhor canção para The Weary Kind (Crazy Heart). ¬¬'
sexta-feira, 19 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
O tempo que resta.
O filme conta a história de um homem que descobre ter pouco tempo de vida. Em meio a belas atuações e uma excelente fotografia, o diretor capta bem todas as intenções de um roteiro frágil, mostrando as diversas facetas e emoções da personalidade de um protagonista único e cheio de contradições. Ele se despede de forma pessoal, daqueles de quem amou em vida. Na maioria das vezes, estes nem sabem que trata-se de uma despedida.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Kill Bill - Volume 2.
Inferior ao primeiro, aquela fórmula Tarantinesca de cenas com longo diálogos que prendem o expectador de uma forma surreal não funciona na sequência final. Uma constante (e exagerada) mudança de ritmo que chega a ser irritante. Sequências magnificas como a do ''mestre'' e a da ''Mamba Negra''. Além do capítulo 6 magnifíco, que nos permite ver pela primeira vez um encontro entre Bill e Beatrix. Um bom filme em geral, pecando apenas em alguns excessos de métodos á la Tarantino.
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
E o SANDRO AWARDS vai para...
Melhor Filme
Bastardos Inglórios
Melhor Diretor
James Cameron (Avatar)
Melhor Atriz
Carey Mulligan (Educação)
Melhor Ator
Morgan Freeman (Invictus)
Melhor Atriz Coadjuvante
Mo'Nique (Preciosa)
Melhor Ator Coadjuvante
Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)
Melhor Fotografia
Um Homem Sério
Melhor Roteiro Original
Bastardos Inglórios
Melhor Roteiro Adaptado
Preciosa
Melhor Animação
Coraline e o mundo secreto
Post super rápido, porque vou dormir pra poder assistir a cerimônia do oscar com atenção, quando acordar. Fica ai minha lista de favoritos, ah não ser pela melhor fotografia, que mesmo eu preferindo ''Um homem sério'', este, nem foi indicado ao oscar de melhor fotografia :/ Boa noite e bom Oscar para todos!
Bastardos Inglórios
Melhor Diretor
James Cameron (Avatar)
Melhor Atriz
Carey Mulligan (Educação)
Melhor Ator
Morgan Freeman (Invictus)
Melhor Atriz Coadjuvante
Mo'Nique (Preciosa)
Melhor Ator Coadjuvante
Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)
Melhor Fotografia
Um Homem Sério
Melhor Roteiro Original
Bastardos Inglórios
Melhor Roteiro Adaptado
Preciosa
Melhor Animação
Coraline e o mundo secreto
Post super rápido, porque vou dormir pra poder assistir a cerimônia do oscar com atenção, quando acordar. Fica ai minha lista de favoritos, ah não ser pela melhor fotografia, que mesmo eu preferindo ''Um homem sério'', este, nem foi indicado ao oscar de melhor fotografia :/ Boa noite e bom Oscar para todos!
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
Dia cinematográficamente produtivo.
Não estou em casa, então vou fazer um post bem rápido. A lista dos três filmes que eu vi hoje suas respectivas notas:
A Primeira Noite de um Homem - 7.0
Na Natureza Selvagem - 8.0
O Silêncio dos Inocentes - 8.5
Em breve posts individuais, dos três filmes.
quarta-feira, 3 de março de 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Delicado.
em uma época onde tudo parecia tenebroso.
Direção e roteiro belissimos.
Um excelente filme brasileiro.
Direção e roteiro belissimos.
Um excelente filme brasileiro.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
O tiro no pé de Almodóvar.
Nem a direção de Almodóvar salva seu roteiro.
Deixamos de viver a história e passamos a ser meras testemunhas.
Além do que, a história nem é tão boa assim.
Só Penélope Cruz salva, brilhante como sempre.
Além do que, a história nem é tão boa assim.
Só Penélope Cruz salva, brilhante como sempre.
E o Harvey?
Mas onde está o verdadeiro Harvey?
Faltou aprofundamento humano.
Fotografia, atuações e direção se destacam.
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